Derivado da mamona é eficaz para limpar dentaduras

Derivado da mamona é eficaz para limpar dentaduras

Cientistas da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – FORP-USP comprovaram que um subproduto (éster ricinoleico) da mamona (Ricinus communis) é eficaz no combate aos microrganismos da boca. Segundo eles, uma solução com essa substância pode ser alternativa ao peróxido alcalino, presente em pastilhas efervescentes que são utilizadas para a limpeza de próteses dentárias totais (dentaduras).

De acordo com matéria do Jornal da USP, essas pastilhas têm alto custo e estão pouco disponíveis no mercado brasileiro. E essa substância extraída da mamona pode gerar um produto de baixo custo, o que beneficiaria, principalmente, a população idosa carente.

A responsável pelos primeiros testes com a mamona nos laboratórios da FORP foi a professora Claudia Helena Lovato da Silva, que estudou a concentração de mamona na solução e verificou o impacto de seu uso, tanto no material de confecção das próteses totais como em alguns aspectos da saúde humana.

Atualmente, a professora Valéria Pagnano de Souza, outra integrante da equipe, ampliou os estudos para aplicação do subproduto da mamona nos metais, estruturas de próteses parciais removíveis (efeitos adversos e biofilme).

As pesquisadoras defendem o uso do produto à base de mamona para usuários de próteses totais ou parciais que não queiram se sujeitar aos efeitos ruins do hipoclorito de sódio. Segundo as especialistas, não tem cheiro nem cor e a probabilidade de manchar a prótese é quase nula.

A professora Helena de Freitas Oliveira Paranhos, também da FORP, diz que os usuários de próteses dentárias só encontram como alternativa mais barata de higienização o hipoclorito de sódio, aquele cloro que se compra nos supermercados, usado como desinfetante e alvejante de roupas.

Mas é preciso ter cuidado na diluição e manuseio desse tipo de produto, pois ele pode causar efeitos adversos, como alergias, danos às resinas da dentadura e corrosão aos metais de próteses parciais.


Fonte: ABO

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