Quase perdi para o pastel

Quase perdi para o pastel

Um certo dia, no consultório onde atuo atendendo pacientes com necessidades especiais, um paciente e seus familiares estavam muito atrasados para o atendimento. Achando estranho, pois este fato nunca tinha ocorrido antes, solicitei que a secretaria fizesse contato com a família.

Ao telefone, a responsável alegou que o paciente estava em uma pastelaria chinesa na esquina e não queria parar de comer os pasteis. Sendo assim, ela não conseguia levá-lo até o consultório.

Pensamos: “se o problema é comida, vamos trazer comida até ele”. A minha secretária comprou alguns lanches, foi até a pastelaria, mostrou a ele diversos lanches e alegou que ele poderia comer um no caminho e os outros só no consultório.

O paciente animado foi comendo pelo caminho e subiu para comer o restante. Assim, conseguimos realizar o atendimento, e toda vez precisamos utilizar esta estratégia. Haja salgado!

Atender pacientes com necessidades especiais é isso. Vale tudo para atendê-los, proporcionando saúde geral.


dra brunaBruna Picciani
Especialista em Estomatologia. Mestre e Doutora em Patologia. Professora Adjunta da Faculdade de Medicina do Departamento de Patologia e do Programa de Pós-graduação em Patologia da Universidade Federal Fluminense. Professora colaboradora do curso de especialização em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais da ABORJ.

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