O Carnaval acabou e, por fim, o ano começa. São novos desafios e novas perspectivas para 2016.
A tecnologia chegando para ficar na Odontologia, aliás, no 34º CIOSP só se falava disso. E foi justamente no Congresso que me deparei com uma cena que sempre acontece quando encontro com outros colegas de profissão.
A fatídica questão: “Desculpe perguntar, mas quanto você cobra por uma face de resina?”
E mediante a resposta, ouvimos os comentários:
“ Nossa! Como eu estou cobrando barato”, “E você tem agenda lotada cobrando tudo isso?”, ou então: “ Nossa! Mas você cobra muito barato, assim não dá pra ganhar dinheiro”.
Sempre que ouço esses comentários fico me perguntando: baseados em que dados, esses colegas estão chegando a essas conclusões?
Tudo bem que para elaborar o Preço de Venda de nossos serviços precisamos fazer uma pesquisa de mercado e identificar, entre muitas coisas, quanto os nossos concorrentes (colegas de profissão) estão cobrando. E mais ainda: é preciso saber quantas pessoas estão dispostas a pagar por esses serviços. Mas esses são apenas dois, dentre muitos outros fatores, a serem analisados.
Antigamente, usávamos a seguinte equação para estabelecer o Preço de Venda (PV): CF+CV+CC+L=PV
Sendo que, CF=Custo fixo, CV= Custo Variável, CC= Custo de Comercialização e L= Lucro.
Atualmente, usamos outra equação:
PV=CF+VC+CC+L
Parece igual, mas não é. Na verdade, é muito diferente, pois no momento que entendemos que o preço de venda já está pré-determinado pelo Mercado (outros colegas tão bem capacitados quanto você), temos que adequar os nossos custos para podermos estar dentro desse mercado odontológico.
É necessário que se conheça muito bem cada um dos custos, para que o tiro não saia pela culatra e, ao invés de aumentar sua lucratividade, você acabe de vez com ela.
Mas este será tema para o nosso próximo bate papo.
Um abraço.
Shirlei Devesa
Cirurgiã-dentista. Especialista em Ortodontia. Professora de Empreendedorismo. Facilitadora do Sebrae e Senac. Sócia da Empresa Dr. Empreendedor.