A equipe da Câmara Técnica de Odontopediatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) tem levado aos demais profissionais da área e autoridades competentes a importância de incluir a especialidade no atendimento dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO).
Segundo a presidente da Câmara, Sonia Pineda Vicente, a questão é urgente. “Estamos aquém do desejado na prevenção da cárie dentro da faixa etária que compreende crianças de cinco anos de idade, segundo o previsto pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Não há esse atendimento especial e existem profissionais habilitados para tanto”, aponta.
Ela ainda ressalta que, no sistema público, odontopediatras têm atuado na clínica geral. “Temos especialistas. Precisamos que o Ministério da Saúde incorpore a Odontopediatria no atendimento dos CEO, que assine a Portaria”, diz.
No último ano, Sonia representou o CROSP em diversos encontros da área da saúde nos quais defendeu a importância do tema. “Já estive em Brasília e este movimento é nacional. Aguardamos uma resolução o quanto antes”.
Odontopediatria
Sonia explica que a especialidade tem como objetivo o diagnóstico, a prevenção, o tratamento e o controle dos problemas de saúde bucal do bebê, da criança e do adolescente; a educação para a saúde bucal e a integração desses procedimentos com os dos outros profissionais da área da saúde. Na atualidade, a Odontopediatria tem seu foco voltado para prevenção, tendendo a atender as crianças cada vez mais precocemente, além disso, procura-se, durante o atendimento, promover tratamento compatível com as necessidades apresentadas.
“A assistência odontológica infantil deve ocorrer na atenção básica e deve estar apta para atendimentos também nos CEO. Dessa forma, pode ocorrer assistência especializada por meio da atuação do odontopediatra, suprindo a demanda e cessando a dificuldade nos atendimentos. Concluiu-se que existe a necessidade do odontopediatra nos CEO, de acordo com a necessidade de mudar o perfil de cáries na faixa etária, principalmente de cinco anos, onde não houve melhorias nos últimos levantamentos, e devido também não se ter atingido o perfil esperado pela OMS para assistência à saúde bucal infantil”, finaliza a especialista.
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