Especialista explica como precificar corretamente na área odontológica

Especialista explica como precificar corretamente na área odontológica

Estabelecer os preços de procedimentos odontológicos é uma tarefa complexa e crucial para a gestão eficiente de clínicas e consultórios. Decidir valores justos e competitivos requer um profundo entendimento das variáveis envolvidas, desde os custos diretos de materiais e mão de obra, até fatores intangíveis como a reputação e a demanda do mercado.

Por essa razão, é fundamental explorar as estratégias mais efetivas para a elaboração de uma política de preços sólida, que beneficie tanto os profissionais de Odontologia quanto os pacientes em busca de tratamentos de qualidade.

Segundo o Conselho Federal de Odontologia, o mercado odontológico movimenta aproximadamente 38 bilhões de reais por ano no Brasil. O conselho aponta, ainda, que nove em cada 10 brasileiros acreditam na importância de ir ao dentista com frequência. Destes, 72% procuram um especialista ao menos uma vez por ano.

De acordo com Éber Feltrim, especialista e consultor de negócios na área da saúde e CEO da SIS Consultoria, os fatores-chave para determinar os preços de procedimentos odontológicos em uma clínica são o valor de mercado, o tempo de cada procedimento, o custo fixo hora, a comissão dos parceiros e todas as despesas variáveis, como taxas, impostos, materiais de uso e eventuais inadimplências. “Os gestores precisam entender que o objetivo deve ser vender valor agregado, bom atendimento e qualidade”, relata.

A complexidade e a especialização dos procedimentos afetam diretamente a formação de preços. Por isso, estratégias de comunicação com os clientes podem ser uma boa alternativa. “Além de avisar sobre eventuais aumentos de forma antecipada, é preciso uma data efetiva para a prática dos novos valores. Mantendo uma boa qualidade, precificando de forma justa e acompanhando a concorrência, os consultórios certamente irão fidelizar os pacientes. Afinal, as pessoas valorizam uma boa experiência, principalmente na área da saúde”, pontua.

Para Feltrim, os principais desafios para equilibrar preços competitivos, qualidade dos serviços e investimentos em equipamentos modernos são controlar o tempo de cada procedimento e fazer uma gestão financeira eficaz, minimizando as despesas variáveis. “Quando uma clínica faz constantes melhorias e investe em instrumentos mais tecnológicos, os pacientes entenderão as necessidades de reajustes nos preços”, declara.

O especialista acredita que a segmentação de mercado deve se concentrar em descobrir onde a marca se enquadra de forma mais efetiva. “É preciso considerar os diferentes públicos-alvo, como pacientes particulares, planos de saúde e convênios. A segmentação pode ajudar a identificar grupos de consumidores mais rentáveis, facilitando a adaptação de produtos e serviços para atender a esses grupos”, revela.

Vale lembrar que é importante criar uma experiência positiva para os pacientes, transmitindo confiança, transparência e compreensão de suas necessidades. “Ao adotar abordagens que valorizam a flexibilidade e a conveniência, podemos aumentar as chances de o paciente seguir com o tratamento realizado”, pontua.

Segundo Feltrim, os gestores devem levar em consideração que o mercado sofre constantes oscilações nos valores das matérias-primas, nos gastos fixos e variáveis, além dos reajustes anuais de salários. “É preciso observar o público e ver quanto os pacientes estão dispostos a pagar, analisando a concorrência. Os reajustes precisam acontecer e devem estar em sintonia com as tendências do mercado. No entanto, é importante lembrar que qualidade no atendimento e a excelência nos serviços prestados contribuem para que os pacientes sejam fidelizados independente dos preços praticados”, finaliza.

Informações da Assessoria de Imprensa

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