Suspensão de cuidados odontológicos pode trazer complicações sérias

Suspensão de cuidados odontológicos pode trazer complicações sérias

Adiar a ida ao cirurgião-dentista pode trazer consequências graves para a saúde bucal e, consequentemente, para a saúde geral. Os problemas vão desde cárie e doença periodontal até lesões mais graves, como o câncer bucal, cuja detecção precoce é fundamental. O alerta é de Sofia Takeda, presidente da Comissão de Ética do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

A doença periodontal é um quadro infeccioso que atinge as gengivas, os ligamentos e ossos que suportam os dentes. O resultado pode ser a perda dentária. O problema é comum, mas pode ser evitado com as consultas odontológicas de controle

A cárie é outra doença de grande incidência que acomete crianças e adultos, mas que pode ser precavida.  Caso não seja tratada, pode levar à destruição total dos dentes, abscessos dentários e à perda do elemento dental. O cirurgião-dentista é o único capaz de fazer o diagnóstico correto e evitar o agravamento do quadro.

“Focos de infecção bucal podem ainda ter consequências cardíacas, respiratórias e renais. Podem também levar ao descontrole do diabetes ou ser causa de pneumonias de repetição”, acrescenta Sofia.

Para quem ainda tem receio de retomar os cuidados odontológicos por conta da pandemia da Covid-19, a cirurgiã-dentista frisa que o profissional está preparado para receber os pacientes com segurança e que não há cuidados caseiros que possam substituir o diagnóstico e o tratamento realizados. “Os procedimentos eletivos foram retomados na Odontologia e os cirurgiões-dentistas estão respaldados pela literatura científica para realizar os atendimentos de maneira adequada e com toda segurança. É importante ressaltar que os mesmos sempre estiveram preparados para atender com normas de biossegurança adequada a todos os pacientes, independente da Covid-19 ou de outros vírus e patologias”, tranquiliza.

Periodicidade e prevenção odontológica das crianças

Com relação às consultas de retorno, não há uma periodicidade específica para todos. A frequência de retornos deve ser individualizada, devendo ser determinada pelo cirurgião-dentista, baseada no risco do paciente às doenças, necessidade de manutenção de tratamentos executados, controle geral da saúde bucal e envolvimentos de alterações sistêmicas.

Sofia destaca ainda que é fundamental que os pais levem seus filhos ao cirurgião-dentista antes mesmo dos primeiros dentes nascerem. “O ideal é que as gestantes consultem um profissional e recebam orientações para os seus cuidados bucais e os que realizará no bebê com relação à amamentação, alimentação, uso de mamadeiras e chupetas. Esses cuidados são importantes para a prevenção odontológica da criança. É importante que a população saiba que não deve suspender os cuidados odontológicos e médicos por receio”, reforça.

Fonte: CROSP

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