Halitose: será que tenho? Dúvida é tema da Campanha Nacional de Combate ao Mau Hálito

Halitose: será que tenho? Dúvida é tema da Campanha Nacional de Combate ao Mau Hálito

Mau hálito, halitose, bafo… enfim, o odor desagradável do ar expelido pela boca é um problema que atinge uma grande parte da população e normalmente causa grande constrangimento. No entanto, muitas pessoas não têm certeza se realmente estão com halitose, sofrem sozinhas e muitas vezes decidem se afastar de outras pessoas.

Desconfiar que tem mau hálito e sofrer sozinho com a dúvida é algo mais comum do que se imagina, já que a halitose atinge quase 1/3 da população mundial. “No Brasil, pesquisas revelam que aproximadamente 30% da população sofre com o problema, que é cerca de 50 milhões de pessoas. A halitose não é uma doença, mas pode denunciar a ocorrência de alguma patologia, problema de saúde ou alteração fisiológica. É um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio”, explica a cirurgiã-dentista Karyne Magalhães, presidente da Associação Brasileira de Halitose (ABHA).

A maioria das pessoas sente mau hálito em alguns momentos do dia e, de nove em cada 10 casos, o problema se origina na boca. “Na grande maioria dos casos, o mau hálito, ou halitose, tem origem na própria boca, principalmente na região localizada entre os dentes e na língua, que é um músculo revestido por papilas gustativas”, explica o Prof. Dr. Mario Sergio Giorgi cirurgião-dentista homeopata e Membro da Associação Brasileira de Halitose (ABHA).

A Associação decidiu abordar a problemática em sua nova Campanha Nacional de Combate ao Mau Hálito 2022: “Mau Hálito: Na Dúvida, Pergunte!”. Promovida pela ABHA a partir do dia 22 de setembro, data que marca o Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito, a ação acontecerá em todo país até 25 de outubro, dia em que se celebra o Dia Nacional do Cirurgião-Dentista. “Nosso intuito é incentivar as pessoas a, sempre que tiverem dúvidas, perguntarem para entes de seu convívio. Com a resposta, elas podem buscar tratamento”, conta Karyne.

Segundo o Prof. Mario Sergio Giorgi, o principal agente causador da halitose é um tipo de biofilme chamado saburra lingual. “Essa saburra se apresenta como uma placa esbranquiçada que se forma continuamente sobre o dorso da língua devido à falta de uma higienização específica com a utilização de limpadores de língua. A saburra sofre fermentação e libera compostos sulfurosos voláteis (CSV), que possuem um odor muito desagradável e causam a halitose”, diz o cirurgião-dentista.

O problema tem inúmeros efeitos negativos na vida das pessoas. Ainda segundo Karyne, a insegurança e o isolamento social, resultando em transtornos psicológicos, são alguns deles, muitas vezes afastando o indivíduo do convívio social, afetivo e profissional. Outra consequência comum é a peregrinação médica, com gastos excessivos em exames que não detectam a causa. “Essa alteração está em 90% dos casos relacionada a algum transtorno bucal, como a baixa salivação, doenças bucais ou até uma dieta desequilibrada, devendo ser identificada através de um correto diagnóstico e tratada adequadamente. É por isso que o cirurgião-dentista qualificado em halitose deve ser o primeiro profissional a ser buscado. Então aí, se necessário, o tratamento poderá ser multidisciplinar, envolvendo outras especialidades.”

A presidente da ABHA ainda destaca a chamada halitose subclínica ou subjetiva, que ocorre quando há ausência de mau cheiro na boca, mas o paciente sente uma distorção do olfato e do paladar, que o fazem acreditar que tem mau hálito, quando na verdade não tem. “Não somos bons avaliadores do próprio odor. O olfato se adapta a qualquer cheiro, o que chamamos de fadiga olfatória. É o mesmo caso quando usamos um perfume há muito tempo e não nos damos conta mais do cheiro. E fazer essa avaliação a partir das reações das pessoas só serve para alimentar as inseguranças. A única forma de saber se você está ou não com o hálito alterado é perguntando”, afirma a profissional qualificada em halitose.

A campanha prevê palestras e ações sobre adequação dos hábitos diários para manutenção da saúde bucal e informações sobre tratamento direcionado, que possam tranquilizar o paciente.

Como combater

A ingestão frequente de água auxilia a redução do problema (dois litros de água por dia), mas não resolve totalmente o problema. “A halitose pode ser prevenida através da correta higiene oral. É importante realizar diariamente a higienização da língua e a remoção da saburra”, explica o Prof. Mario Sergio. “É necessário utilizar escovas e instrumentos próprios para a limpeza da língua. A escova para língua deve ter cerdas um pouco mais firmes que as das escovas dentais. Isto porque na língua existem fissuras e irregularidades onde as cerdas devem penetrar de forma adequada para conseguir desalojar a saburra lingual. A escova também deve ter um perfil baixo, para não provocar ânsia, e ter uma superfície circular que se adapte à forma da língua sem provocar desconfortos”, afirma o especialista. A escova e o gel TUNG Brush e TUNG Gel, da EHM, são ideais para prevenir e controlar o mau hálito. “Estes produtos desencadeiam um efeito sinérgico, em que a ação mecânica das cerdas da escova, somada às substâncias ativas do gel, inibem a formação desses gases de odor desagradável”, completa.

Além da escova específica para língua, é recomendável o uso dos chamados higienizadores linguais plásticos. Estes removem a saburra lingual de forma muito mais eficiente do que as escovas normais, sem machucar a língua ou sem provocar ânsia ou náuseas. “Os higienizadores linguais devem ter um design que se adapte ao formato da língua possibilitando a remoção da saburra de forma simples. Podem ser mais estreitos ou mais largos, ter lâmina dupla ou simples e ter ranhuras ou não. O raspador com ranhuras deve ser utilizado principalmente para a remoção da placa mais aderida. Já o raspador liso de uma lâmina é o ideal para manutenção diária por ser mais estreito e delicado”, explica o cirurgião-dentista. Para a higienização completa, o especialista recomenda o uso do higienizador de língua CTC 201, de lâmina simples, e do higienizador de língua CTC 202, de lâmina dupla, ambos da Curaprox. “Estes cuidados combinados com uma ótima higienização bucal e visitas regulares ao dentista são ideias para evitar a halitose”, finaliza o Dr. Mario.

Informações da Assessoria de Imprensa

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