Os exames laboratoriais solicitados pelo profissional de saúde bucal poderão auxiliar decisões sobre anestesia, procedimentos e medicações que utilizará durante o tratamento odontológico. Isso tornará os procedimentos mais seguros, evitando complicações no quadro de saúde.
Para um paciente diabético, por exemplo, o cirurgião-dentista poderá solicitar a glicemia em jejum e a hemoglobina glicada. Já para o paciente renal crônico, poderá pedir os níveis de ureia e creatinina. Para as pessoas com problemas hepáticos, o profissional da Odontologia poderá requerer o TGO e o TGP. Em casos de uso de bisfosfonatos ou alendronatos, está autorizado a solicitação do CTX. E para aqueles que fazem o uso de anticoagulantes (dependendo da medicação), pode-se pedir o INR.
É importante salientar que, ainda que o cirurgião-dentista não tenha conhecimento prévio das patologias mencionadas, a solicitação dos exames é permitida, uma vez que o profissional investigará situações capazes de interferir no diagnóstico, planejamento e evolução do tratamento.
Deve haver boas práticas na solicitação de exames, a qual deve ser relacionada às necessidades decorrentes ao tratamento odontológico. Não cabe ao cirurgião-dentista investigar e diagnosticar situações clínicas, assim sendo verificada alguma alteração sistêmica de responsabilidade médica, o paciente deve ser direcionado ao profissional competente para diagnóstico e efetivo tratamento.
Informações no pedido de exames
Na solicitação, o profissional deve inserir o nome do paciente, a nomenclatura da análise e a necessidade de laudos específicos, se for o caso. O carimbo do profissional de saúde bucal também tem que constar no documento, bem como o número de cadastro junto ao CROSP.
Histórico da conquista
Em 2005, o CROSP ao lado de outras entidades, engajou-se na luta para que os cirurgiões-dentistas pudessem solicitar os testes laboratoriais. À época, representantes do Conselho foram pessoalmente levar à ANS, no Rio de Janeiro, esse pleito.
Informações do CROSP