Aleitamento materno traz benefícios à saúde bucal

Aleitamento materno traz benefícios à saúde bucal

A amamentação é a base da alimentação e da saúde de toda criança em seus primeiros anos de vida. O aleitamento materno fornece os nutrientes necessários para a criança crescer e desenvolver uma boca saudável.

Além disso, o aleitamento é um importante fator para a maturação e o aumento da musculatura oral, promovendo o crescimento do sistema estomatognático, isto é, o conjunto de estruturas bucais, preservando suas funções vitais como a sucção, mastigação, deglutição e respiração.

Para a cirurgiã-dentista Sylvia Lavínia Martini Ferreira, presidente da Câmara Técnica de Odontopediatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), há diversos fatores determinantes (culturais, sociais e econômicos) que fazem a mulher e sua família optarem pelo aleitamento materno.  “Deve haver o envolvimento de vários setores da sociedade, desde diretrizes legais e políticas, proteção legal de apoio às mulheres que trabalham e amamentam, até a formação adequada de profissionais para qualificar a atenção dos serviços de saúde”, comenta.

Os cirurgiões-dentistas têm papel fundamental no apoio e promoção do aleitamento materno. Por meio de consultas regulares, que devem iniciar antes mesmo do nascimento do bebê, os profissionais da saúde bucal podem orientar as famílias no desafio de melhorar as práticas com relação ao aleitamento materno e à alimentação complementar saudável, sempre destacando os seus benefícios.

“A amamentação previne também a má oclusão e a cárie dentária, por retardar a introdução de alimentos cariogênicos na dieta do bebê”, completa a cirurgiã-dentista.

A OMS e o Ministério da Saúde orientam que a amamentação seja exclusiva até seis meses e complementada até dois anos ou mais. Após os seis meses, deve-se iniciar a introdução alimentar adequada, com alimentos in natura ou minimamente processados e manter a amamentação. De acordo com os resultados preliminares do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) do Ministério da Saúde, os índices de aleitamento materno melhoraram. Após avaliação de 14.505 crianças menores de cinco anos entre fevereiro de 2019 e março de 2020, foi constatado que mais da metade (53%) das crianças brasileiras continua sendo amamentada no primeiro ano de vida. Ainda assim, é uma taxa que precisa alcançar índices maiores, atingindo cada vez mais crianças e famílias, a fim de ampliar seus benefícios.

Fonte: CROSP

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