Traumatismo dentário na infância

Traumatismo dentário na infância

É muito comum as crianças a partir dos primeiros passos até os dois anos de idade sofrerem quedas, até mesmo por conta da coordenação motora não estar plenamente habilitada. Como não apresentam reflexo de proteção ao cair, pode ocorrer traumatismos na região da cabeça e, especialmente, da boca, quando os dentes superiores da frente são os mais afetados.

A primeira consulta com o odontopediatra deve ocorrer logo que houver a erupção dos primeiros dentes, para um acompanhamento preventivo. Além da assistência periódica, os pais têm para quem recorrer em um eventual caso de traumatismo, que requer um tratamento de urgência imediato para um resultado bem-sucedido.

“Traumatismo dentário resulta em dentes fraturados, deslocados ou perdidos, o que pode comprometer de forma negativa e considerável os aspectos funcionais, estéticos e psicológicos da criança. A prevenção destes traumas na primeira infância é sempre o melhor caminho”, explica Liliana Takaoka, coordenadora do Grupo de Trabalho de Saúde Oral da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

Para prevenir o traumatismo dentário na infância, a odontopediatra reforça a importância de alertar aos pais sobre as medidas preventivas, como não deixar as crianças sozinhas em lugares altos, perto de escadas e janelas, onde se recomenda o uso de portões e grades, assim como ter cuidado com móveis e quinas, gavetas que possam ser abertas, móveis que possam ser escalados, entre outros.

A especialista explica também que é importante a informação do odontopediatra sobre a atenção dos pais, caso as quedas sejam frequentes. É essencial observar se a causa tem relação com alterações ortopédicas (pé chato), o que merece uma consulta ao ortopedista.

“É importante ressaltar que o traumatismo dentário deve ser imediatamente avaliado pelo odontopediatra. Quanto mais precoce o atendimento, maior a possibilidade de tratamento e do prognóstico. Independente do traumatismo e da intensidade, o profissional deve indicar os retornos periódicos para avaliação clínica e radiográfica de possíveis sequelas que podem advir do trauma do dente de leite”, alerta a Lucia Coutinho, vice-coordenadora do Grupo de Trabalho de Saúde Oral da SPSP.

O traumatismo no dente de leite pode potencialmente causar alterações no seu sucessor. Quanto mais jovem a criança no momento do trauma, maior o risco de distúrbios no desenvolvimento do dente permanente sucessor.

Primeiros socorros

O odontopediatra deve alertar aos pais que, caso se depare com um traumatismo dentário na criança, é importante lavar o local com água filtrada e verificar se há mobilidade em algum dente ou até mesmo se houve a perda total de algum deles. Neste caso, é preciso encontrá-lo e se certificar que a criança não o engoliu. É preciso considerar a possibilidade de ele ter sido aspirado.

Para reduzir a dor, é recomendada a administração de analgésico de costume. Se houver sangramento intenso, o ideal é utilizar gaze para estancar o fluxo.


Fonte: Assessoria de Imprensa

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